Para quem pretende implantar seu próprio jardim, é
preciso ter em mente que o planejamento do espaço é fundamental para o sucesso
do projeto. Se ao passar por um jardim, o indivíduo não sente vontade de parar
para admirá-lo, ou o espaço não possui pontos de observação e paradas, este
jardim não está sendo eficiente, e nao está cumprindo a sua função. Segundo
Benedito Abbud, famoso paisagista no mercado brasileiro, o paisagismo talvez
seja a única forma de expressão artística em que participam os cinco sentidos
do ser humano, portanto precisa proporcionar rica experiência sensorial. O
cheiro das flores e plantas aromáticas, o barulhos das folhas ao vento e dos
pássaros, a visão das flores, paisagens e esculturas, o paladar dos frutos do
pomar e o tato nas texturas evocadas pelas plantas; tudo isto compõe o cenário
de um paisagismo que cumpre a sua função, ou seja, encantar o ser humano
resgatando sua essência e prazer em viver perto da natureza, respeitando suas
fases e seus ciclos.
Os jardins romanos tiveram influência grega e persa
a partir do século II a.C. Na Roma antiga eram jardins criados para recreação,
em locais fechados a observação externa.
Caracterizam-se principalmente pela simetria, uso
de fontes e elementos artificiais como mesas, colunas e estátuas de mármore.
Utiliza-se um número reduzido de espécies vegetais
como o buxinho, a murta, o louro-anão e os ciprestes que são espécies que
permitem a topiaria, também bastante utilizada neste estilo de jardim. As heras
são bem vindas cobrindo muros e paredes. Podemos utilizar também canteiros
simétricos de ervas aromáticas, medicinais e poucas flores.