segunda-feira, 11 de março de 2013

Dicas de paisagismo e jardinagem





Podas 
Existem cinco ocasiões em que as plantas precisam ser podadas:
No transplante: as mudas transplantadas precisam de poda pra reduzir a massa foliar e diminuir a transpiração, para facilitar o pegamento e emissão de novo sistema radicular. Como exemplo podemos citar o transplante de palmeiras de grande porte, que precisam ter suas folhas reduzidas a metade, deixando inteiro apenas o broto apical que será envolto pelas folhas remanescentes e amarradas até o restabelecimento das raízes.
Na formação de cercas vivas: é necessária a poda desde o início do plantio, para conduzir o crescimento e dar forma à sebe para que se obtenha um espessamento da massa foliar. Quando percebemos um espichamento de ramos, procedemos a poda, promovendo o crescimento em todas as direções.
Eliminação de partes doentes: é a poda saneadora que visa extirpar partes atacadas por pragas ou doenças.
Proporcionar aumento da floração ou frutificação: em algumas espécies como as hortências procede-se a poda nos meses de inverno quando a planta encontra-se em período vegetativo, para estimular a floração no próximo ano. Ocorre o mesmo com algumas frutíferas que precisam de poda para produzirem frutos.
Poda de adensamento: ocorre em espécies como o hibisco e o buxinho, e serve para o aumento da massa foliar.
As podas devem ser feitas por profissional qualificado, usando-se ferramentas como tesouras e serrotes bem afiados, evitando-se  erros que podem comprometer o desenvolvimento e formato das plantas.

A Epidendrum denticulatum, é uma orquídea terrestre  nativa do Brasil, encontrada desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Seu labelo apresenta-se levemente franjado, lembrando dentes, por isso o nome denticulatum.
Posui flores lilases ou laranja, surgindo de uma haste, e duram muitos meses.
Pude observá-la em seu ambiente natural, em Itapoá, Santa Catarina, quando na época, a uns 10 anos atrás ainda via-se muitas delas nos terrenos baldios. Infelizmente a expanção imobiliária reduziu substancialmente sua área e hoje já não existem mais.
A adubação deve ser feita uma vez por semana com NPK 20-20-20 e um pouco de adubo orgânico (torta de mamona, farinha de osso ou húmus de minhoca) a cada dois meses.


Crocosmia crocosmiiflora ou estrela-de-fogo como é comumente conhecida, é uma planta herbácea, bulbífera, da família Iridaceae, de 50 a 70 cm de altura, nativa da África do Sul.
Produz inflorescências longas, de cor vermelho-alaranjadas ou amarelas, com florescimento no verão. É uma planta invasora, que desenvolve-se em ambientes de sombra e meia-sombra, formando densos maciços floridos, em terrenos baldios e a beira de estradas, impedindo o desenvolvimento da vegetação nativa.
Busque sempre o conhecimento de um paisagista, quando for implantar seu jardim, para que ele possa auxiliá-lo quanto a escolha correta da vegetação, evitando assim o uso de espécies invasoras, cujo desenvolvimento possa ser descontrolado. Para saber mais sobre as espécies invasoras no Brasil, consulte a lista no site do Instituto Horus:


O composto orgânico produzido com restos vegetais serve para adubar as plantas sem uso de qualquer aditivo químico, otimizando as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo.
Se você dispõe de espaço em casa, pode construir uma composteira de táboas de madeira deixando frestas entre as mesmas para o arejamento do material, mas elas podem ser construidas de bambu ou palets.
Serão construidos duas caixas de 1x 1 x1 m de altura, para que o material possa ser revirado de um lado para o outro, deixando uma portinhola em baixo para a retirada do adubo já pronto.
O material vai sendo depositado e intercalado com terra e coberto com uma pequena quantidade de cal ( mais ou menos um copo), para evitar a visita indesejada de ratos.Outra medida para manter estes visitantes afastados é nunca colocar restos de alimentos preparados e gordurosos, assim como carnes e ossos.
É preciso que o material seja mantido úmido, mas não enxarcado. Basta espremer um punhado do composto nas mãos, deve pingar uma gota de água, mas nunca escorrer.
Uma vez a cada 15 dias o material deve ser revirado.
A composteira deve ser mantida coberta e em local sombreado. Quanto menor o tamanho dos restos menor o tempo de decomposição do material.





A quaresmeira como é comumente conhecida, é uma árvore pertencente ao gênero Tibouchina, da família Melastomataceae.
É uma árvore brasileira pioneira, rústica; que suporta solos pobres e clima quente e seco, sendo por este motivo usada para recuperação de áreas degradadas.
O seu porte pequeno (medem de 8 a 12 metros de altura), possibilita seu uso em paisagismo urbano, pois pode ser plantada em ruas estreitas e sob a fiação elétrica.
No meses de janeiro a abril e de junho a agosto, promovem um belíssimo espetáculo de cores, com suas flores roxas (Tibouchina granulosa).
Outra espécie, Tibouchina mutabilis, leva este nome porque suas flores mudam de cor, do branco ao rosa, numa estratégia da natureza para avisar aos poilinizadores as flores ainda viáveis a polinização.
Existem diversas espécies deste gênero, todas igualmente belas, e que possibilitam um fabuloso espetáculo ao seu jardim.